domingo, 21 de novembro de 2010

Meias calças



No século XIV, a meia-calça passou a ser utilizada por nobres, que competiam entre si pela riqueza dos materiais utilizados nas peças, então ricamente bordadas. No reinado de Catarina da Rússia, os homens utilizavam as meias-calças como artefatos de sedução, pois as malhas coladas ao corpo valorizavam seus dotes físicos.

A
tecelagem era uma arte no século XV. As meias-calças tiveram grande importância nos reinos que viriam a formar a Espanha, cuja moda ditava o tom na Europa entre 1550 e 1650. A moda masculina tinha necessidade de criar meias que não enrugassem nas pernas, pois os homens espanhois mostravam essa parte do corpo com o uso de calças que cobriam somente as coxas. A fama dos grandes tecelões espanhois logo ultrapassou as fronteiras. Os nobres tinham uma média de oito pares - sinal de muito luxo - e os reis eram presenteados com meias de seda espanholas.

Por volta de
1780, os materiais se tornaram mais finos, sendo então a meia-calça assumida como acessório tipicamente feminino, caindo em franco desuso entre os homens. A versão mais difundida entre as mulheres era em 7/8, presa por fitas ou rendas às coxas.

Até o início do
século XX, as meias eram grossas e tinham cores escuras. A partir do momento em que passaram a ser confeccionadas em fios de nylon, houve uma verdadeira revolução no comportamento social. As mulheres se sentiam mais sensuais, e queriam que suas meias aparecessem até mesmo em saias compridas. Após as grandes guerras, com o aprimoramento das tecnologias empregadas na fabricação, o produto tornou-se mais acessível (já que até então era extremamente caro). Nos anos 70, com o surgimento da minissaia, foram introduzidas fibras sintéticas, com colorido vibrante e que modelavam e protegiam as pernas.

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